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Cavaco Silva: “Não gosto de ver os nossos jovens utilizados como meios para alcançar fins”

Presidente da República espera que Governo "explore até limite" diálogo com professores, lamentando que “os nossos jovens, as nossas crianças”, estejam a ser utilizados como “meios para alcançar fins”.

O Presidente da República disse hoje, em Estrasburgo, esperar "que o Governo explore até ao limite as possibilidades de diálogo com os sindicatos" de professores, confiando "até à última hora" que seja evitada uma greve prejudicial para os jovens.



Falando numa conferência de imprensa conjunta com o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, depois de discursar no hemiciclo de Estrasburgo, Cavaco Silva, ao ser questionado sobre a greve de professores prevista para 27 de maio, voltou também a lamentar que os jovens e crianças sejam "utilizados como meios para alcançar fins", já que "não têm culpa destas divergências que se verificam entre o Governo e os sindicatos".


"Eu espero que o Governo explore até ao limite as possibilidades de diálogo com os sindicatos. Tem sido muito importante aquilo que foi conseguido e é preciso preservar no âmbito da concertação social. Mas também disse, e repito, que, quando se convoca uma greve, um direito constitucional que não pode deixar de ser respeitado, é preciso ter em atenção aqueles que são afectados", disse.

Apontando que, neste caso, os afectados "são os jovens portugueses, aqueles que estão a preparar o seu futuro, que se têm vindo a preparar para os exames e que, com certeza, vivem momentos de ansiedade e momentos de incerteza", o chefe de Estado voltou a lamentar que os estudantes estejam no meio de um conflito ao qual são alheios.

"Eu confesso que não gosto nada de ver os nossos jovens, as nossas crianças, serem utilizadas como meios para alcançar fins. Elas não têm culpa destas divergências que se verificam entre o Governo e os sindicatos", disse, acrescentando que, por isso, continua "a esperar que, até à última da hora, seja possível algum entendimento entre o Governo e os sindicatos".

fonte:http://www.jornaldenegocios.pt

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