Avançar para o conteúdo principal

Juíza usou um sketch humorístico – "Quero corrompê-lo bem" – para justificar voto contra a absolvição dos três arguidos do caso Taguspark.

A juíza do processo Taguspark que votou contra a absolvição de Rui Pedro Soares e outros dois ex-gestores do parque tecnológico defende que as escutas do caso não deviam ter sido descartadas apenas por nunca se usar a palavra corrupção ou suborno, e justifica--o com os Gato Fedorento.

O caso remonta a 2009 e está relacionado com um contrato de cedência de imagem de Luís Figo ao Taguspark, que o Ministério Público acreditava ser para ‘pagar’ o apoio político do antigo jogador ao ex-primeiro ministro José Sócrates num polémico pequeno-almoço na véspera das legislativas.

No texto da sentença que o CM consultou, a juíza Mariana Machado defende que "não se pode, como em jeito de contundente sátira referem os humoristas Gato Fedorento, exigir a verificação de expressões como ‘quero corrompê-lo bem’ a propósito de escutas em casos de corrupção". A magistrada afirma ainda que "a conclusão pelo juiz de culpabilidade [não pode] depender da verificação de expressões em que os intervenientes assumida e diretamente se refiram a ‘corrupção’, ‘pagamentos’ ou ‘negócios ilícitos’".

A juíza entende que Rui Pedro Soares, Américo Thomati e João Carlos Silva cometeram um crime de corrupção passiva para ato ilícito e deveriam, por isso, ter sido condenados numa pena de prisão não inferior a três anos. A juíza admite que a pena fosse suspensa, desde que os arguidos pagassem "ao erário público o prejuízo causado com o pagamento ao jogador Luís Figo".

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Portas: "Quando temos eleições os submarinos emergem"

Reacção à proposta do PS de criar uma comissão de inquérito. "Quanto temos eleições, os submarinos emergem. Quando as eleições passam, voltam a submergir". Foi assim que Paulo Portas reagiu hoje à proposta de comissão de inquérito anunciada este fim-de-semana pelo PS ao caso dos submarinos e dos Pandur, da responsabilidade de Portas quando era ministro da Defesa de Durão Barroso. À saída do XXXV Congresso do PSD, o vice-primeiro-ministro aproveitou para reforçar o apelo ao PS para o consenso com a coligação e falou da importância de o país não ter cedido a um segundo resgate. Sobre a lista conjunto às eleições europeias, o líder do CDS reconheceu Paulo Rangel como uma opção que teve o apoio do CDS e disse acreditar que a dupla Rangel - Nuno Melo está em condições de "combatitividade". Sobre as políticas de Governo, reforçou a ideia de que não acredita numa "política de salários baixo" e que os cortes nos custos do trabalho já foram "suficient